@crsf

Bolsonaro apresenta defesa, nega golpe e insiste que julgamento ocorra no plenário

Defesa chama a denúncia da PGR de 'inepta', 'precária' e 'incoerente'

Bolsonaro apresenta defesa, nega golpe e insiste que julgamento ocorra no plenário

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou defesa diante da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. No documento enviado ao Supremo, os advogados de Bolsonaro alegam que o julgamento da denúncia da PGR não pode ser realizado pela Primeira Turma do STF, e insistem que o caso seja analisado pelo plenário da Corte.

Bolsonaro e outras 33 pessoas são investigadas pela trama golpista. Como o processo tramita no STF, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi quem recebeu a denúncia da PGR. Os denunciados tiveram o prazo de 15 dias para enviar resposta escrita à acusação formal para o ministro. O prazo de Bolsonaro terminou nesta quinta-feira (6).

Após receber as respostas, Moraes poderá liberar o caso para julgamento pelo plenário ou pela Primeira Turma do STF. Os ministros decidirão se aceitam a denúncia, abrindo uma ação penal que tornaria Bolsonaro réu no processo. Caso a ação seja instaurada, ainda caberá recurso da decisão.

A defesa do ex-presidente rebateu a denúncia da PGR chamando-a de "inepta", "precária" e "incoerente". Bolsonaro tem argumentado que o processo não deveria ser conduzido por Moraes e expressou seu desejo de ser julgado pelo plenário do STF. O ex-presidente tem apostado ainda na tese de que o caso deveria ser remetido à primeira instância, alegando que, após deixar a Presidência, não possui mais foro privilegiado.

Denúncia da PGR

Na denúncia, Bolsonaro foi formalmente acusado pelos seguintes crimes:

  • liderar organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Conforme a legislação, se somados, os crimes podem levar a uma pena de quase 40 anos de prisão, caso Bolsonaro seja condenado.

Além de Bolsonaro, também foram indiciados os generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI; e Braga Netto, que está preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024.

A denúncia detalha ainda que o plano arquitetava o assassinato de Moraes e o envenenamento de Lula, além da tentativa de "neutralizar" o Supremo.

 

 

 

 

Escrito por

Diário do Nordeste/Estadão Conteúdo

Faça um comentário // Expresse sua opinião...

Veja os últimos Comentários

Veja também

Governo de MT vai substituir mais de 1,3 mil pontes de madeira até 2026

Governo de MT vai substituir mais de 1,3 mil ponte...

Ponte sobre o Rio Sangue em Juara - Foto por: Daniel Berigo/Secom-MT

 

O Governo de Mato Grosso substitui mais de 1.300 po...

Trump diz que pode haver distribuição de dinheiro proveniente de tarifas

Trump diz que pode haver distribuição de dinheiro...

O presidente dos EUA Donald Trump 28/07/2025Christopher Furlong/Pool via REUTERS  • Christopher Furlong/Pool via REUTERS

&...

Malafaia critica ausência de presidenciáveis da direita na Paulista: ‘vão enganar trouxa’

Malafaia critica ausência de presidenciáveis da di...

Falando para um público de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, nesse domingo (3), o pastor Silas Malafaia deu um recado d...