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“Crime não foi praticado por paixão; nada justifica”, diz delegado

CRIME NO PEDRA 90

“Crime não foi praticado por paixão; nada justifica”, diz delegado

Redação RBMT

 

O delegado Hércules Gonçalves Batista, da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), classificou como injustificável o feminicídio de Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, e criticou a tentativa do acusado em recorrer à passionalidade como motivação.

 

O técnico de informática Antônio Aluízio da Conceição Marciano, de 20 anos, matou a facadas a ex-namorada no bairro Pedra 90, em Cuiabá. O crime foi cometido em frente ao filho da vítima, de apenas 4 anos.

 

“É um crime absurdo, que não tem justificativa, ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, ainda mais nessas circunstâncias, em frente ao filho da vítima”, afirmou o delegado.

 

“Esse crime não foi praticado por paixão, ele é um crime premeditado, calculista, não tem nada de injusta provocação da vítima”, complementou.

 

Segundo o delegado, Antônio premeditou o crime e depois alegou que matou a ex porque se irritou quando ela gritou pedindo socorro.

 

“Ele, de forma premeditada, já havia adquirido passagem, pegou a moto emprestada, ficou circulando os arredores, esperou o exato momento, isso não é um crime passional é um crime brutal, bárbaro”, afirmou.

 

Forma pelo menos 15 golpes de faca desferidos em órgãos vitais da vítima. Emily chegou viva à unidade de saúde, mas desacordada após perder muito sangue e não resistiu.

 

“A quantidade exata de facadas a gente vai saber pelo laudo, mas ele foi impiedoso, ela gritou e ele alega que a matou porque ficou com raiva por ela ter gritado”.

 

Relação conturbada

Segundo o delegado, Emily e Antônio já estavam separados, mas o agressor tentou argumentar que havia sido traído pela vítima.

 

“Esse é sempre um hábito do suspeito, colocar a culpa na vítima, na verdade a culpa é toda dele. É um absurdo o que foi cometido, um crime praticado em plena luz do dia em frente a uma criança de 4 anos”.

 

Antônio ainda disse à Polícia que havia proposto casamento à vítima e que aguardava uma resposta dela, mesmo com a separação.

 

A relação dos dois, conforme o delegado, era conturbada e cheia de ameaças.

 

Emily teria confidenciado a amigos que tinha medo de Antônio. Tanto que chegou a dormir na casa de vizinhos para se proteger do ex-namorado.

 

"Ele já invadiu a quitinete em outros momentos. Familiares relataram que ela foi mantida em cárcere privado na casa dele. Eles não moravam juntos. Era vítima de constantes agressões e ameaças", contou o delegado.

 

"A vítima já pediu proteção de amigos e amigas e dormia em outra residência com medo do acusado", afirmou.

 

Apesar do medo, o delegado afirmou que Emily não procurou a Polícia para registrar boletim de ocorrência.

 

Fonte: Midia News

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